Eu/Lírico

(Aguardem, ainda em construção...)



Eu/Lírico - Por Palmeiron Andrade



Para falar do figurino.

Estamos imersos em uma atmosfera de pesquisa e poesia, dentro de um constante processo de “levantar um espetáculo”, que tem como tema a Literatura de Cordel. Entendemos a partir de então que para nos aproximar de uma representação que suprisse esteticamente nossos desejos cênicos e regionais teríamos de dar grande importância ao figurino, estabelecer construções que correspondessem com a linguagem do cordel, com o nosso imaginário espetacular e com a nossa região “acatingada”, dentro do circulo do Candeeiro Encantado. Mas não é fácil chegar a uma resposta plausível de imediato, da primeira vez. Passamos pela ideia de usar um figurino com as mesmas características da roupa usada pelo vaqueiro nordestino, ou construir peças semelhantes às usadas na época do cangaço brasileiro, mas optamos por fazer uma mistura nordeste-brechó-“cangaceriana” e carnavalesca daquilo que iremos vestir.
Uma questão anterior interferiu diretamente no processo, tivemos de lidar com a dificuldade de encontrar, na cidade de Jequié, profissionais que lidassem com figurino para teatro. Isso fez com que buscássemos alternativas em caráter de urgência e foi convidado então SÉRGIO TELLES, ator, cenógrafo, diretor, aderecista e figurinista para junto ao grupo pensar e construir a visualidade do espetáculo.
Tenho plena certeza que nos momentos que estivermos em cena, agregando corpo, música e voz aos cordéis, apresentando nosso espetáculo, vocês serão tocados sensivelmente por nosso calor, colorir e descolorir estampas.
Grande abraço da família Candeeiro Encantado.

Palmeiron Andrade




Eu Lírico

É preciso atenção para perceber onde o encontro torna-se mais raro, mais delicado, verdadeiro ou mentiroso o suficiente para alegrar ou entristecer. Há vários meses estamos juntos trabalhando, se divertindo, trocando ideias, se conhecendo. Essa é sem dúvida uma rotina incomum e necessária, talvez difícil de ser entendida pela vida normal. Enquanto isso sente ai, vamos tomar um gole que qualquer tristeza vai passar.
Eu estou de coração aberto. Olhos, ouvidos, boca, de corpo todo aberto, estampados para a amizade e para a vida.
Palmeiron Andrade



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Matheus Xavier
                           - Eu Acredito!













Vixe, escrever... É o que mais cobro ultimamente de meus colegas de trabalho! xD...
Tá, então vamos nós ao meu Eu/Lírico.
Antes de qualquer coisa, deixe esse vídeo reproduzindo enquanto lê (ou não)...




Pois bem, minha escolha em criar juntamente com meus amigos Saulo Santos, Marcos Duarte, Palmeiron Andrade e Yan Quadros se deu a partir de um encontro (normal não é? Aliás o teatro é uma arte do Encontro), de 5 amigos que estudam Teatro e tinham pelo menos uma inquietação comum: (o arrefecimento de um movimento de Teatro na cidade de Jequié). Como também um desejo: (Trabalhar com Teatro). Juntando esses dois pontos, nós cinco resolvemos criar o CANDEEIRO ENCANTADO, que inicialmente chamara “Candieiro Encantado”, com um intuito de retomar um movimento ativo e forte de Teatro na cidade de Jequié e levar o Teatro como profissionalismo em nossas vidas. Preparamos então em uma curta e rápida semana (na varanda da república “Tcheca”) uma esquete contendo 3 Cordéis, 1 causo nordestino e ligações de uma cena para outra, através de música e rima (cordel). Assim, fomos aos bares de Jequié, apresentar e passar o chapéu.
                                                                       “O Poeta tem liberdade,
                                                                                              Sagrado dom da natura,
                                                                                              Conforme a Literatura,
                                                                                              Escreve o que tem vontade,
                                                                                              Também a propriedade,
                                                                                              Precisa o dono ter,
                                                                                              Pelo menos vou dizer,
                                                                                              Se meu espírito não mente,
                                                                                              Poeta também é Gente
                                                                                              E também precisa comer”.

É com muito orgulho que ganhamos um Edital do Fundo de Cultura do governo do estado da Bahia, estamos trabalhando duro, desde novembro de 2011 para por em 2 praças públicas de Jequié o nosso primeiro espetáculo “O Teatro é de Cordel”. Neste processo, tenho passado por situações diversas, profissionalmente e socialmente. São tantas as demandas a se cumprir, são tantos os momentos lindos, são tantas as “apertações” de mente, são tantas, tantas... Mas sabe, acho que não me acostumaria a viver aqui em Jequié sem a presença do “TANTAS”.

Minha experiência em Teatro, veio pela Faculdade (Licenciatura em Teatro – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia), a partir de minhas experiências estéticas, tanto de criação quanto de fruição que este desejo de TRABALHAR, de VIVER Teatro surgiu. Por isso, aqui agradeço à todos os meus amigos(a) de minha cidade natal (Vitória da Conquista) e Jequié (Todos amigos da Faculdade, meus professores, principalmente na pessoa do Prof. Roberto de Abreu, que foi minha primeira referência em Teatro e Teatro/Educação), minha Família (que não são poucos os “perrengues”),todas estas pessoas tiveram sua parcela de “culpa” no que sou hoje, a partir das experiências vividas apreendi e aprendi conhecimentos.

Mesmo que muitos de vocês não acreditam na Arte enquanto Área do Conhecimento humano, Teatro enquanto Trabalho, Teatro enquanto Rito, ... Eu Acredito!!! 

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Evoé